O diálogo em torno das cidades inteligentes ganha contornos mais profundos e práticos nas palavras da Dra. Grazi Carvalho, fundadora do Instituto LICI, em uma recente entrevista para a plataforma de comunicação Mundo Coop – informação e inspiração para o cooperativismo.
Contrariando conceitos superficiais, Grazi esclarece que uma cidade inteligente transcende a instalação de tecnologias como Wi-Fi e câmeras. Para ela, é fundamental usar os dados gerados para tomadas de decisão e construção de políticas públicas, com foco na melhoria da qualidade de vida da população, eficiência e visão de médio e longo prazos. Em seu projeto LICI e na Plataforma CHESI, Grazi busca estruturar uma linguagem comum entre governos, ONGs, empresas e cooperativas, destacando a importância do compartilhamento de dados para impulsionar soluções técnicas.
A entrevista ressalta que as cooperativas têm papel estratégico na transição para cidades inteligentes, podendo aprender e aplicar conceitos de eficiência, monitoramento de dados e sustentabilidade. Grazi acredita na sinergia entre o cooperativismo e o modelo de cidade sustentável, onde o bem coletivo se sobrepõe aos interesses individuais. Ao adotar práticas ESG, as cooperativas se tornam agentes essenciais, contribuindo para o desenvolvimento de cidades mais conscientes e equitativas.
No contexto do Programa Nacional de Estratégias para Cidades Inteligentes e Sustentáveis no Brasil, iniciativa do governo desde 2019, Grazi destaca que cooperativas têm a oportunidade de acessar investimentos, desde que alinhadas aos objetivos do programa. A entrevista revela a visão otimista de Grazi sobre o papel transformador das cooperativas em meio a mudanças climáticas, vendo nelas um elemento crucial na redistribuição populacional e na promoção de uma virada de chave para um futuro mais sustentável.
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