O que é uma cidade inteligente?

As pessoas me perguntam com frequência: Grazi, o que é uma cidade inteligente? Geralmente atrás dessa pergunta vem uma expectativa que passe uma definição absoluta, uma verdade irrefutável sobre o que vem a ser cidades inteligentes.

Bom, cidade inteligente é um conceito novo. E ela possui uma série de definições que inspira e dá norte ao meu trabalho. E vou te mostrar quais são esses conceitos e fazer você compreender de forma definitiva a essência do que é uma cidade inteligente. 

 

Mas antes eu PRECISO que você compreenda o seguinte…

Antes de entender a essência do que seja uma cidade inteligente, é importante ajustar o nosso olhar para as nossas cidades. 

É comum que vejamos ela como caixinhas compartimentadas: aqui é o setor da educação, aqui está a saúde e neste canto está a mobilidade. E ver a cidade assim é um erro.

A cidade é como um organismo vivo, ou seja, necessita de uma série de órgãos e funções para estar em operação. Não há organismo vivo sem um coração ou sem um fígado, certo? Da mesma forma, não há educação sem saúde. Mobilidade sem infraestrutura urbana.

Então é importante vermos a cidade como ela é: um sistema complexo em que todos setores (ou todos órgãos) são interdependentes. Se quiser entender melhor, basta acessar o link a seguir: Cidade Inteligentes: importância de vermos o todo

Mas então, o que é cidade inteligente?

Estamos agora de acordo que a cidade é um sistema complexo e como tal, precisa ser vista na sua complexidade, no todo. Vou trazer alguns conceitos do que seja a cidade inteligente.

Os conceitos a seguir que vou apresentar e que inspiraram e nortearam o meu trabalho, tem como característica comum o olhar a cidade de forma ampla.

Segue a primeira definição:

“Uma cidade com bom desempenho de maneira prospectiva em economia, pessoas, governança, mobilidade, ambiente e vida, construída com base na combinação inteligente de doações e atividades de cidadãos pró-ativos, independentes e conscientes.” (Giffinger, R., Fertner, C., Kramar, H., Kalasek, R., Pichler-Milanović, N., & Meijers, E., 2007).

Esse conceito de Giffinger (2007) mostra alguns pontos a serem destacados. Pensar a cidade de maneira prospectiva e que há grande participação dos cidadãos. 

Uma cidade é feita de planejamento de curto, médio e longo prazo. Caso não haja pensamento a longo prazo e principalmente de forma a prever problemas, a cidade fica apenas apagando incêndio e não possui energia ou fôlego para se dedicar a ações que vão torná-la mais inteligente.

A participação do cidadão também é outro ponto a se destacar. Uma cidade será tão inteligente quanto seus cidadãos forem, já dizia o professor Michael Batty. Então o cidadão se sentir parte da cidade e estar diretamente engajado para trabalhar em sua melhoria, é essencial para a construção de cidades inteligentes.

Mas Grazi, e a tecnologia?

Eu tenho certeza que você está se perguntando isso. A presença de tecnologia é essencial para uma cidade ser inteligente?

A resposta é: sim e não. Sim, ela pode auxiliar as cidades a terem seus processos mapeados, proporcionar maior eficiência na prestação de serviços públicos, entre outros. Mas a tecnologia não é essencial se as necessidades básicas do cidadão não forem atendidas, como saneamento básico.  

Mas veja só os conceitos que informam o relevante papel da tecnologia em uma definição de cidade inteligente:

“Uma cidade que conecta a infraestrutura física, a infraestrutura de TI, a infraestrutura social e a infraestrutura de negócios para alavancar a inteligência coletiva da cidade.” (Harrison, C., Eckman, B., Hamilton, R., Hartswick, P., Kalagnanam, J., Paraszczak, J., & Williams, P., 2010) 

“O uso de tecnologias de computação inteligente para tornar os componentes e serviços críticos de infraestrutura de uma cidade – que incluem administração, educação, saúde, segurança pública, imóveis, transporte e serviços públicos – mais inteligentes, interconectados e eficientes.” (Washburn, D., Sindhu, U., Balaouras, S., Dines, R. A., Hayes, N. M., & Nelson, L. E., 2010). 

“Uma cidade que combina as Tecnologia, Inovação e Comunicação (TIC) e a Web 2.0 com outros esforços organizacionais, d e design e planejamento para desmaterializar e acelerar processos burocráticos e ajudar a identificar soluções novas e inovadoras para a complexidade da gestão da cidade, a fim de melhorar a sustentabilidade e a habitabilidade”. (Toppeta, D., 2010) 

Em todos conceitos apresentados, o uso da tecnologia possui um propósito: ser usada para melhorar todos os setores da cidade. Ela serve para que os quatro pilares da cidade inteligente (se você não sabe quais são esses pilares, clique aqui), sejam cada vez melhorados.

Não adianta oferecer a tecnologia só pela tecnologia. Ela é necessária para alavancar os demais pilares da cidade inteligente.

Agora eu vou te mostrar qual o conceito de cidades inteligentes que norteia o trabalho do ISC

Sim, após olhar vários conceitos, o conceito de cidades inteligentes foi definido com base em quatro pilares (se você quiser detalhes de cada pilar, clique aqui)

CIDADE HUMANA: com foco constante na melhoria da qualidade de vida da população. 

CIDADE EFICIENTE: que usa da tecnologia para melhorar processos e serviços, economizando tempo e recursos. 

CIDADE SUSTENTÁVEL: que tem suas políticas públicas e projetos orientados ao equilíbrio do tripé da sustentabilidade: economia, meio ambiente e sociedade. 

CIDADE INTELIGENTE: com Gestores, Empresários, Universidade e Cidadãos unidos em um mesmo propósito: construir uma cidade melhor para todos (Carvalho, G. 2015).  

Esse conceito está no livro Cenários Futuros para Cidades Inteligentes que você pode adquirir clicando aqui

Aqui mostra a cidade com um olhar sobre o todo, atendendo a sua complexidade. Entendendo que um setor não funciona sem outro e que todos pilares merecem atenção para que as cidades se tornem verdadeiramente inteligentes.

Afinal, é comum cidades investirem demasiadamente em tecnologia e serem falhas em mobilidade ou educação. Por isso, a necessidade de olhar o todo.

Outro ponto importante nesse conceito é entender que uma cidade não é inteligente ou não como se fosse uma classificação binária. Ela pode estar muito avançada em um pilar, mas necessita de maior atenção em outro.

Ela pode ser 20% inteligente no pilar da eficiência e 80% na cidade humana. Então ela precisa de um olhar mais atento a esse pilar.

E para compreender em que nível está cada pilar, com esse olhar cuidadoso sobre a complexidade da cidade, foi desenvolvida a Metodologia CHESI que você pode saber mais sobre clicando nesse link. E caso tenha interesse de fazer um orçamento para ter a metodologia aplicada em sua cidade, clique aqui e saiba mais.

Você imaginava que o conceito de cidade inteligente poderia ser tão amplo? 

Espero que esse artigo possa despertar em você o olhar da cidade. Entender que ela não se faz somente de A ou B. E sim de uma complexa e ampla variedade de ingredientes e agentes que são essenciais para tornar uma cidade verdadeiramente inteligente.

Você acredita que isso é possível? Comente aqui embaixo para saber!

Para assistir uma aula completa sobre O que são cidades Inteligentes, clique aqui:

Live 36: https://youtu.be/48wGaydi5Vo

 

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