Antes de começarmos a falar sobre quem pode ser um líder em Cidades Ingeligentes, vamos falar sobre o que é o LICI.
LICI é uma sigla que siginifica “líderes inteligentes, cidades inteligentes”. Essa líderança pode ser uma liderança local, um representante da sociedade, um empresário, representante de ONG, uma liderança de bairro, da zona rural, um gestor público, um profissional de ensino superior – ou qualquer cidadão que queira aprender e aplicar os conhecimentos sobre como funcionam as políticas públicas para ajudar acelerar a transformar cidades comuns em cidades inteligentes.
Hoje já existe uma comunidade que está fazendo esse movimento não só de acelerar as cidades, mas de uma nova forma de fazer política pública, um movimento de transformação social e criação de uma nova cultura, de garantir que o dinheiro público será aplicado em projetos que vão chegar lá na ponta, lá no cidadão.
Quem são essas lideranças?
Vamos falar sobre elas:
1. Empresários, profissionais autônomos e liberais, trabalhadores CLT
Mas não todo mundo que se encaixa dentro de uma dessas possibilidades, apenas aqueles em que a atuação profissional tem uma conversa direta o indireta com o município, Estado ou alguma política pública (por exemplo: área da engenharia, direito, meio ambiente, saúde, educação, cultura, turismo, esporte, saneamento, segurança pública, etc).
Mas não apenas aqueles que atuam em áreas que se relacionam com o governo, mas que também queiram impactar milhares de vida, ao invés de buscar apenas um benefício individual. Somente aqueles que tem um propósito, que queiram se posicionar como referência no mercado de cidades inteligentes.
2. Professores universitários e do ensino infantil e básico
De novo, falamos somente daqueles professores universitários visionários, dos que querem e estão dispostos a estarem sempre se atualizando, de forma a estar preparado para capacitar os alunos para que estes atuem nesse ambiente totalmente disruptivo que vai ser o mercado de cidades inteligentes.
Não falamos daqueles que estão acomodados com o cargo público, sabendo que, independente do esforço, o salário cairá na conta. Mas aquele que quer fazer diferença na vida dos seus alunos – é com eles que queremos conversar.
E o mesmo acontece quando buscamos os professores da educação infantil e básica, queremos como liderança aqueles que saibam que seu trabalho tem um papel importante na formação de um cidadão, na formação de pessoas que vão viver em sociedade.
O papel desse professor é extremamente importante ao ajudar desenvolver competências e formar um cidadão mais crítico que, por consequência, não será influenciado por fake news, por exemplo.
A gente quer identificar quem são esses professores dispostos a lutar essas causas, que saibam ou vão atrás de saber como envolver seus alunos no processo democrático. São os professores que ainda acreditam na educação e enxergam nela a capacidade de transformação social que nós queremos e precisamos trazer para que sejam líderes.
3. Diretores de ONG
Uma ONG nasce com o objetivo de ajudar a solucionar um problema social e público. Sendo esse o seu propósito, independente da área em que ela se enquadre, é fundamental que elas entendam como funciona a política pública e se comprometam a executá-las, para que não tenham um fim triste porque não conseguiram verba pra realizar os seus projetos.
Existe um caminho para que se destrave os projetos de impacto e se garanta os recursos. As lideranças em cidades inteligentes conseguem auxiliar as ONGs nesse processo, mas quando os próprios diretores das ONGs se dedicam a entender o processo, eles começam a compreender o caminho que precisa ser trilhado para garantir os recursos e podem ajudar ainda mais.
4. Governo
Quando eu falo do governo, falo tanto do executivo como do legislativo. Eu falo de prefeitos, vereadores, servidores públicos, secretários, assessores parlamentares, deputados e até mesmo quem não tem carreira política mas gostaria de ter.
Transformar uma cidade comum em uma cidade inteligente exige uma liderença capacitada. Qualquer um que tenha esse desejo, precisa aprender e dominar como funcionam a administração pública – e você não vai aprender isso dentro do partido político, nem ao passar em um concurso e começar seu trabalho. Isso tem travado milhares de cidades, porque ainda que as lideranças desejem o desenvolvimento das cidades sob seu governo, elas desconhecem o que precisam ser feito.
Nós precisamos de lideranças comprometidas com o processo de desenvolvimento das cidades, mas que sobretudo entendam qual é o processo e o que precisa ser feito para tirar um projeto do papel e garantir os recursos para os projetos que vão verdadeiramente impactar e melhorar a vida das pessoas, porque é isso que é política pública.
A política pública não é só para o urbano, ela também é para o rural, pra quem está na periferia, para quem não tem acesso à luz, água, saneamento, que ainda não tem o documento de imóvel. A política pública é para todo mundo e a gente precisa de lideranças que executem e não que apenas prometam durante a campanha.
→ Você se reconheceu em algum desses quatro papéis? Se ainda não, vamos para o último:
5. Cidadão
Você que vive numa cidade, em um estado, em nosos país, você que é uma liderança de um bairro, que tem destaque na sua cidade, você que não tem destaque algum, que é um simples cidadão, mas que tem esse desejo de ajudar a melhorar a vida das pessoas, de destravar e transformar a sua cidade ao ver que nada muda.
Você que olha para sua cidade e sofre vendo os problemas públicos e não quer mais pagar impostos sem ver retorno. Se já está cansado disso, está na hora de desempenhar seu papel de cidadão e aprender a acompanhar e entender como funcionam as políticas públicas – é seu direito de cidadania acompanhar, fiscalizar, dar ideias.
A liderança em cidades inteligentes é para aquela pessoa que quer viver numa cidade que funciona e ela quer fazer isso agora, nessa vida, nos próximos 5/10 anos. Mas só querer não é suficiente, é preciso que estar disposto a fazer o que precisa pra que isso aconteça.
Uma cidade inteligente não é um milagre, é um processo, é um caminho que precisa ser trilhado. Para que uma cidade se torne inteligente é necessário que ao menos uma pessoa no município comece a mostrar esse caminho pra quem tem o poder de decisão.
Você está preparado para ser essa liderança que vai transformar a sua cidade em uma cidade inteligente? Para ser a pessoa que vai começar a transformar o Brasil? Sim, você.
Por que não você?
O que te impede de começar esse movimento? Você pode começar dentro da sua escola, dentro do seu bairro, da sua cidade. O que você não sabe, você aprende – eu também não sabia.
Se não você, quem?
O meu objetivo hoje é te explicar qual é o seu papel, porque a partir do momento que você entende se apropria dele as coisas começam a acontecer. E isso é revolucionário.
É revolucionário porque hoje sofremos muito o impacto negativo do uso errado da política pública. Nós temos meia dúzia de pessoas no Brasil que entendem como elas funcionam, só que essas pessoas usam as regras do jogo para usufruir de benefícios individuais (beneficiando seus filhos, realizando processos corruptivos, propinas, dinheiros desviados, etc) ao invés de aproveitar o domínio que tem do processo para beneficiar a população.
Ao alcançar pessoas com um propósito, comprometimento e vontade de melhorar a sociedade e fazer com que elas entendam como usar essa regras, nós veremos os recursos sendo aplicados em projetos que trarão benefícios coletivos.
Nós precisamos formar um exército de pessoas que dominem o processo e que gostem de pessoas.
Precisamos de gente que goste de gente porque pessoas são difíceis, cada uma tem um jeito, um gosto diferente, uma ideologia política/partidária e, pra fazer a coisa andar, não se pode escolher com quem você vai conversar – uma liderança tem que conversar com todos, por isso que é fundamental ter inteligência emocional, jogo de cintura e resiliência nesse jogo.
E não só por isso, mas também porque o projeto de cidades inteligentes não é para quem quer ganhar sozinho em cima do sofrimento da população. Uma cidade inteligente tem o foco nas pessoas, na coletividade, na escabilidade (conseguir resolver o problema de milhares de pessoas).
A cidade inteligente tem na sua essência a escabilidade: trabalhar e resolver o problema de multidões.
Um líder LICI usa o impacto da política pública para melhorar a vida de centenas de milhares de pessoas.
E por que nós precisamos de um exército de líderanças?
Porque o Brasil não vai ser salvo por uma pessoa sozinha, isso não existe. Não vai ser um presidente e nenhum político sozinho, mas milhares de pessoas unidas num movimento que vão conseguir melhorar o país. E o nosso movimento é da base para cima: dos municípios para Brasília.
A gente tem muitos desafios em todas as áreas, de todos os tamanhos e em todas as regiões – sendo que cada região tem as suas características, seus pontos positivos e negativos. E, sendo cada cidade única e estando em um momento diferente da sua maturação, não existe uma receita que pode ser replicada para todas. É por também isso que precisamos de vários agentes atuando juntos.
É preciso entender em qual estágio o município se encontra, perceber quais são as necessidades individuais e as mais urgentes. Isso exige tempo. Você não vai começar hoje e colher resultados na próxima semana. É igual plantar uma árvore: você precisa preparar o solo, plantar a semente, regar, esperar a germinar, brotar, crescer e só então irá colher os frutos.
É preciso entender a dinâmica do processo. E para isso existe um calendário que te ajudará a entender esses momentos e tirar maior proveito do momento em que o município se encontra. Uma vez que você entende como funciona e passa a resolver problemas, a roda começa a rodar de uma maneira muito próspera, porque quanto mais você resolver os problemas das pessoas, mais retorno financeiro você tem. Além de que ao entender como a roda funciona, a gente vai consegue fazê-la girar independente de quem estiver no governo.
Agora, vamos ver o que essas lideranças tem em comum:
5 características que toda liderança em cidades inteligentes tem
Quando a gente vai buscar pessoas para fazermos parceria com o projeto LICI, é isso que buscamos nelas, independente de qual tipo de agente seja:
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1
Propósito
Um objetivo de transformar a vida das pessoas através de políticas públicas, eles tem o desejo de buscar o melhor para a cidade, de ver as pessoas sendo bem atendidas no hospital, crianças recebendo uma boa educação, as famílias com comida na mesa, etc.
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2
Parceria
Não tem como fazer isso sozinho, é preciso estar dentro de uma comunidade alinhada com o seu propósito, que acredita no que você acredita, que vai te incentivar a continuar quando você desanimar. Várias pessoas juntas aceleram e fortalecem o projeto.
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3
Interesse coletivo acima do individual
Estar junto com várias pessoas para resolver o problema de outras pessoas.
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4
Estar disposto a aprender
Se colocar numa posição de aprendiz. Estar sempre disposta a ouvir o que o outro tem a dizer, a aprender com a comunidade que está servindo, entender o que impede as coisas de acontecerem. Crescimento contínuo.
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5
Ser fonte
Aprender para ensinar e compartilhar e não para reter. Ser uma fonte e não um poço. Propagar o conhecimento adquirido, gerando um fluxo, se tornando um multiplicador. Trazendo mais pessoas para atuar junto com você em parceria.
5 maneiras que uma liderança LICI ajuda a transformar uma cidade comum em uma cidade inteligente
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1
Entendendo a regra dos jogo
Enquanto você não entender, não consegue mudá-la. Ninguém consegue mudar algo apenas reclamando, é necessário mexer os parafusos - mas é é preciso saber qual parafuso, se é para apertar ou afrouxar.
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2
Aprendendo a envolver os agentes da inovação
Aprender a conversar com os professores, senadores, deputados, empresários... Do produtor rural, passando pelo morador de rua, chegando ao presidente. Você precisa escutá-los para entender a história que existe por trás do que move essas pessoas para que saiba como engajá-las. Existe um método para isso.
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3
Saber gerar demanda para um projeto de impacto
Saber como convencer um gestor para garantir o recurso para o projeto.
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4
Saber o passo a passo para tirar um projeto do papel
Essa é uma forma de colocar projetos engavetados em execução.
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5
Interrompendo o ciclo de falta de continuidade
Quando um gestor é substituido por outro após uma eleição. O crescimento é contínuo, não podemos sempre parar e recomeçar.
Agora você sabe quem pode ser uma liderança LICI, quais são as características importantes, de que forma essas lideranças podem fazer com que nossos municípios se tornem cidades inteligentes e, mais importante de tudo, você sabe que você pode ser um agente importante nesse processo de deixar o nosso país melhor. Mas pode ser que você esteja se perguntando: será que já não estou atrasado? Será que tem espaço pra mim?
E a minha resposta pra você é: com certeza. Tem demanda para todo mundo, o Brasil é o maior mercado do mundo em cidades inteligentes. Você não conseguirá atender todas necessidade nem dentro de um único município, que dirá dos mais de 5 mil que temos.
Nós precisamos de muitas lideranças. Precisamos de pessoas que coloquem o interesse coletivo acima o individual, sim, mas isso não quer dizer ignorar o interesse individual. Os dois podem andar juntos. O dinheiro está relacionado com resolver problemas, quanto maior for o problema resolvido, maior será o seu retorno financeiro.
E se você quiser aprender mais sobre como fazer tudo isso funciona, quero te convidar para participar do nosso evento que começa amanhã. Vão ser cinco dias, com duas aulas gratuitas em cada dia. A primeira às 10h57 e depois às 17h, serão 10 horas. Será um intensivão para que você possa surfar a onda que vem nos próximos anos.
Além disso, no dia 17 de novembro teremos uma Masterclass sobre cidades inteligentes às 20h no YouTube. Lá eu vou te explicar, te dar o mapa, o exato passo a passo pra você se tornar essa liderança e entender o que precisa fazer para acelerar cidades inteligentes no Brasil. Já deixe anotado na sua agenda.
Eu estou fazendo a minha parte, agora é a sua vez. Estarei te esperando na aula.